Em 11 de março de 2011 (sexta-feira) ocorreu no Japão um dos maiores terremotos já detectados na Terra nos últimos 500 anos. Com 9 graus de magnitude, o terremoto deu origem a um tsunami e explosões nucleares na cidade de Fukushima.
Apesar de toda a infraestrutura existente no país para a contenção de danos de terremotos, como as estruturas de isolamento sísmico em edifícios, o tremor de cerca de 6 minutos ocasionou destruição em diversas cidades.
Porém, o maior dano ainda estava para chegar, a movimentação das placas tectônicas deu origem a ondas no meio do oceano e, 3 minutos após o terremoto, foi disparado o primeiro alerta do tsunami que estava a caminho.
As ondas chegaram na costa 30 minutos após os tremores, com 10 metros de altura, em alguns pontos até 15, e as estruturas de contenção não estavam preparadas para tal. Os fenômenos deixaram um total de 15.853 mortos e 3.282 desaparecidos, a maioria devido ao tsunami.
Entretanto, os desastres continuaram e as ondas atingiram a usina nuclear Fukushima Daiishi, na província de Fukushima.
No dia 11, a usina operava com as unidades 1, 2 e 3, que se desligaram automaticamente após os tremores e passaram a funcionar com os geradores de energia, para que fosse possível resfriar os reatores nucleares.
As ondas, que chegaram a 15 metros de altura, atingiram o subsolo do prédio, onde se localizavam os geradores, pausando o processo de resfriamento e dando início a um estado de emergência nuclear e evacuação de moradores dos arredores.
Como resultado, houve diversas explosões e vazamento de partículas radioativas que afetaram uma área de 30 km (informação datada do final de 2011).
A direção da usina de Fukushima Daiichi reconheceu em 20/08/2013 que aproximadamente 300 ton de água radioativa vazavam diariamente por meio do subsolo dos reatores e seguiam em direção ao mar. Na época, a companhia de distribuição informou que construiu um muro subterrâneo para conter o vazamento e que remove a água contaminada do solo por bombeamento.
Durante esses anos, após o acidente de 2011, a água bombeada do subsolo e proveniente do resfriamento dos reatores foi tratada e armazenada em tanques de acúmulo, correspondendo a mais de 1 milhão de toneladas de água.
Nesta terça-feira (22/08/2023) o Japão informou que começará em 24 de agosto, de forma gradativa, a despejar no oceano Pacífico a água acumulada nos tanques.
Apesar das críticas e preocupações com os efeitos na saúde e meio ambiente, as análises indicam que a radioatividade das águas está abaixo do limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde para água potável e o Japão possui autorização da Agência Internacional de Energia Atômica e órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas para este procedimento.
Fontes
10 anos de Fukushima: o dia em que o Japão foi atingido por terremoto, tsunami e acidente nuclear
Usina de Fukushima libera 300 toneladas de água radioativa no mar
Direção de Fukushima confirma vazamento de água contaminada
O polêmico plano do Japão de despejar água da usina nuclear de Fukushima no mar
Japão vai liberar água radioativa de Fukushima no mar em 48h
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